Estoque de carbono no Oeste da Bahia
Análise de diferentes cenários de solo em uma das regiões de maior produtividade agrícola do Brasil.
Dos robôs que investigam a superfície de Marte para o solo baiano: a startup Agrorobótica levará a tecnologia fotônica desenvolvida pela NASA para analisar diferentes cenários de solo da cultura da soja e viabilizar a entrada do agricultor local no mercado de crédito de carbono. Os dados coletados em campo alimentam a plataforma de inteligência artificial AGLIBS e servem para construir uma linha de base de carbono de uma das regiões de maior produtividade agrícola do país.
A Agrorobótica integrou o portfólio do Programa Soja Sustentável do Cerrado e foi uma das selecionadas para receber aporte financeiro do Startup Finance Facility, iniciativa inédita de gestão e fomento a soluções de inovação que contribuam para uma cadeia de suprimentos da soja sustentável, livre de desmatamento e conversão de vegetação nativa na América do Sul.
Com o recurso, a startup realizou a coleta de 2.200 amostras de carbono quantitativo e qualitativo, e 550 amostras de densidade e textura do solo do oeste baiano para fazer um inventário de gases de efeito estufa da região.
Projeto piloto:
No Oeste da Bahia, a coleta foi iniciada em uma propriedade de soja, milho e algodão que utiliza plantio direto e irrigação com pivô em suas culturas. Foram analisados quatro cenários diferentes de solo: pastagem degradada, vegetação nativa, manejo convencional e manejo sustentável para a cultura da soja.
O levantamento incluiu ainda análise da conformidade ambiental da fazenda e mensuração da fertilidade do solo.
O projeto-piloto, encerrado em junho de 2022, auxiliou na significativa redução (entre 30% e 40%) dos custos de coleta de amostras de solo e análise de carbono, tornando o serviço oferecido pela Agrorobótica mais acessível para o produtor rural.